Passo pelos dias em alheamento aéreo. Pergunto-me o que se passa no Mundo? Entro em casa e vejo que o Mundo se parece ter concentrado na minha sala. Papéis e facturas por todo o lado, sabonetes misturados com blasers e roupa de ginástica. Será fartura?
Ontem fui visitar uma prima valente e de cabelos revoltos, já perto dos 65, atirada para a cama da CUF com dois AVC seguidos para não ser atrevida. Resmungou que eram uns chatos e que tinha deixado de fumar. Perguntou-nos quando é que eu saio daqui? Todos lhe dissemos, deixa-te estar que estás bem. Ela riu-se e atendeu o telefone com a mão esquerda. Não me recordo dela ser canhota...Em frente, umas casas com quintais semi abandonados, um rapaz de óculos preparando o jantar numa frigideira. Olhei brevemente e vim-me embora. Subi a rua íngreme até ao MNE. Entrei no carro e fui prosseguindo no dia. O resto dos convivas ficou lá, perguntando sobre aquele e outro e comentando os namoros de fulano e beltrano. Jogando conversa fora e gozando o sol de fim de tarde plainando sobre a varanda do quarto.
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