Talvez acabem com a ADSE.
Talvez acabem com horários de trabalho.
Talvez se construa o Aeroporto na Ota, em Alcochete ou em Sintra.
Talvez haja referendo sobre o Novo Tratado da U.E. mas o que importa é que este se venha a chamar Tratado de Lisboa.
O Governo talvez adopte essas medidas ou outras.
Isso pouco importa.
Seja o que for que seja adoptado, a inércia reactiva é profunda.
Nos cafés e no trabalho ouço comentários convictos que isto - seja lá o que for - era necessário. Que é preciso pôr fim no regabofe.
Que se acabem as mordomias.
Que há muita malta aí que não quer é fazer nenhum.
Que é um escândalo.
Também acho.
Não sei porquê nem de que falam, mas onde acha um português acham logo dois ou três. Querem ver?
- Ó António, tu não achas que amanhã chove/faz sol?
- Sim, acho. Quer dizer, acho que pode chover ou fazer sol. Acho mesmo é que o meu salário é uma miséria e os políticos uma cambada.
ou
- Tu não achas que devia haver um referendo sobre swkhdkhjgfhroei?
- Acho! Acho isso e o contrário! Ah e os professores não fazem nada e os advogados são uns grandes malandros!
ou
- Acho que a Beltrana anda muito esquisita.
- Tens razão. Acho que lhe deu uma neura quando lhe mandaram uma notificação para pagar IRS por conta.
- Acho isso mal.
- Também acho.
ou
- Acho que vou almoçar.
- Acho que me vou embora.
- A que horas achas que chegas amanhã?
- Acho que amanhã devo chegar aí pelas 9 (grande mentira).
- Acho que acabei de furar um pneu.
- Não quero meter-me na vida das pessoas, deus me livre, mas acho que o Manel deu com a língua nos dentes.
Transe do achismo.
Acho bem.
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