Folheio a Sábado, tema interessantíssimo de capa, nem imaginas, tem a ver com a moda gay e de como os heterossexuais a copiam. Um molho fresquíssimo de frase feitas e clichés, pontuados com uns nomes de uns quantos sujeitos que se afirmam perfeitamente respeitadores dos outros e que até têm, pasme-se, até têm amigos gay que lhes dão dicas, mas na verdade o que interessa é sermos nós próprios, expressarmos o nosso próprio eu, o sexo não interessa para nada, etc. etc. etc. Suspiro. Tenho de tomar mais um café. Folheio mais um pouco. Ah, este tema sim interessa-me. O problema do Natal e o stress que isso provoca, as centenas de prendas e de encontros familiares e a sonhada harmonia familiar indo por água abaixo, pois pudera, com tanta refeição, o corpo entra em total ruptura, a cabeça começa a doer, começamos a ter pensamentos maus, os olhos querem rebolar e não podem, mas que raio?!.... e já só nos apetece dizer, como alguém já escreveu, família, quentinho, merda. Pois concordo em absoluto. É uma loucura pensar que só porque é Natal temos de repente gostarmos do primo com as melenas que entretanto cortou, a tia - afastada ou não - maluca, o tio deprimido, a mãe à beira da loucura com rabanadas que nunca mais acabam e até criam bolor, as duzendas prendas que enfiamos sem tino nos sacos de compras para depois dizermos Ah obrigada/o! Precisava mesmo disto! Isto podem ser as eternas meias de lã, o cachecol, o livro que até temos repetido. Para os que têm filhos a coisa pode ser mais lucrativa, pois os bébés são um nicho de mercado privilegiado no Natal e os pais agradecem todo o género de ajuda... Não que eu os tenha, este comentário é só da observação cuidada e profunda - ah, ah - que tenho feito ao longo de muita prática familiar.
Claro, ele há coisas boas.... por exemplo: os insultos finos; a ironia escondida; os ressentimentos recalcados; a postura de está tudo bem, estamos todos felizes, passa-me a manteiga, se fazes o favor... e depois, o vinho, esse bálsamo para festas familiares. Sim, senhora, adoro o Natal. Nem falo já da entrada para o Ano Novo, da superstição do pé direito, das 12 passas que nos fazem engasgar, das promessas, dos desejos intensos de que para o ano será tudo difeente e melhor até que de repente já passou o ano e nem nos lembramos dos propósitos firmes dos 12 meses anteriores... Mas tudo está bem quando acaba bem, o que interessa é teres saúde e estarmos todos juntos, filha, não te mortifiques com isso e faz mas é a sopa.
Realmente ele há coisas...
Claro, ele há coisas boas.... por exemplo: os insultos finos; a ironia escondida; os ressentimentos recalcados; a postura de está tudo bem, estamos todos felizes, passa-me a manteiga, se fazes o favor... e depois, o vinho, esse bálsamo para festas familiares. Sim, senhora, adoro o Natal. Nem falo já da entrada para o Ano Novo, da superstição do pé direito, das 12 passas que nos fazem engasgar, das promessas, dos desejos intensos de que para o ano será tudo difeente e melhor até que de repente já passou o ano e nem nos lembramos dos propósitos firmes dos 12 meses anteriores... Mas tudo está bem quando acaba bem, o que interessa é teres saúde e estarmos todos juntos, filha, não te mortifiques com isso e faz mas é a sopa.
Realmente ele há coisas...
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